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O que é puerpério? Saiba mais sobre o assunto

O que é puerpério? Saiba mais sobre o assunto

Também chamado de quarentena e resguardo, o puerpério é uma das etapas mais complexas do processo gestacional, que começa quando o parto termina e termina em momentos diferentes em cada mulher.

Assim como as demais etapas da gestação, o puerpério traz transformações físicas, resultado das mudanças hormonais desta etapa, e também psicológicas, especialmente associadas à vivência da maternidade e a chegada do novo membro da família.

Compreender o que é o puerpério é importante para lidar melhor com essas mudanças, tirando o maior proveito dessa fase – e é justamente por isso que escrevemos este texto especialmente para você.

Boa leitura!

O que é o puerpério?

Em linhas gerais, podemos dizer que o puerpério é um período de duração relativamente incerta, que começa com a saída da placenta, no final do parto, e termina com a chegada da primeira menstruação.

Esse período pode variar entre as mulheres, ainda que se possa observar algum padrão e a divisão do puerpério em três fases:

Cada fase do puerpério é marcada por mudanças específicas, que refletem o retorno gradual à dinâmica hormonal anterior à gravidez e à ovulação, as consequências da amamentação e a recuperação e cicatrização natural do útero.

Entenda melhor as mudanças hormonais que caracterizam o puerpério

Durante a gravidez, boa parte da produção de hormônios fica a cargo da placenta, especialmente a progesterona, que mantém a estabilidade do endométrio, e o estriol – tipo de estrogênio produzido somente na gestação.

Com a saída da placenta, no parto, o fornecimento de progesterona e estrogênio é interrompido bruscamente, o que pode provocar alterações físicas e emocionais, como ansiedade e depressão.

Ao mesmo tempo, a produção de prolactina é iniciada no último trimestre da gravidez e continua durante parte do período de amamentação – que também inclui a produção de ocitocina, estimulada principalmente pela sucção do peito, pelo bebê.

Embora o rebaixamento na disponibilidade de estrogênio e progesterona no puerpério tenha potencial para induzir a atividade hipotalâmica e retomar os processos que permeiam a ovulação, a amamentação e a alta concentração de prolactina durante este período mantêm esses processos inibidos.

Contudo, mesmo que a mulher mantenha a amamentação pelo tempo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – como alimento exclusivo até os 6 meses de idade e como alimento complementar até os 2 anos de idade –, por volta de 40 dias após o parto a ovulação pode voltar a acontecer.

É importante lembrar que o tempo necessário para o puerpério e a recuperação do útero variam entre as mulheres e por isso é importante atentar-se aos sinais de retorno dos ciclos ovulatórios, buscando evitar novas gestações antes da recuperação total do corpo da mulher.

O que acontece no puerpério das gestações naturais?

As mudanças hormonais e emocionais pelas quais a mulher passa durante o processo de recuperação pós-parto podem se refletir em sintomas mais claros, como:

A maior parte desses sintomas são percebidos com mais intensidade no puerpério imediato, embora possam se estender às etapas tardia e remota desse período.

O lóquio é característico do puerpério imediato: logo após o parto, o endométrio – tecido de revestimento da parede uterina – passa por um processo de descamação contínua, para eliminar qualquer resquício da gravidez, e é eliminado como sangramento leve, que dura poucos dias.

As cólicas e a manutenção do volume abdominal são um reflexo da recuperação uterina e são típicas do puerpério imediato, desaparecendo gradualmente até o puerpério tardio.

Os incômodos associados às mamas podem ou não se manifestar durante o puerpério e tendem a ser mais intensos na etapa imediata desse período. É comum que a própria amamentação ajude a aliviar esses sintomas, além de alguns procedimentos, como compressas quentes.

Infertilidade e puerpério

Ainda que a saída da placenta interrompa o fornecimento de progesterona e estrogênios abruptamente, a amamentação mantém os níveis de prolactina altos, inibindo a ovulação e criando um quadro de infertilidade temporária.

A tendência é que até o puerpério remoto, mesmo com a manutenção da amamentação, os processos ovulatórios se restabeleçam, mas em diversos casos a mulher só volta a ovular e menstruar regularmente quanto o aleitamento chega ao fim.

Considerando que o útero leva algum tempo para se recuperar totalmente, permitindo uma nova gestação sem maiores consequências para o corpo da mulher, pode ser interessante buscar métodos contraceptivos durante o puerpério, para evitar que uma gestação mais arriscada aconteça.

O puerpério muda nas gestações com reprodução assistida?

Ainda que as diferentes técnicas de reprodução assistida disponíveis atualmente – RSP (relação sexual programada), IA (inseminação artificial) e FIV (fertilização in vitro) – permitam um alto nível de controle sobre as etapas iniciais da gestação, os processos da gravidez, parto e puerpério não estão sob o controle desses procedimento.

Isso significa que a mulher que engravida com auxílio da reprodução assistida e chega ao parto com tranquilidade, tem as mesmas chances de desenvolver os sintomas do puerpério que as mulheres que engravidam por vias naturais.

Cessão temporária de útero ou útero de substituição

A cessão temporária de útero é indicada para casais com infertilidade feminina em que a mulher não pode passar pela gestação – o que é comum em quadros de aborto de repetição e em mulheres que fizeram histerectomia (retirada cirúrgica do útero).

Como as mudanças hormonais por trás dos sintomas do puerpério são resultado da própria gestação e do parto, nas situações em que se opta pelo útero de substituição essas alterações são sentidas pela mulher que gestou o bebê e não pela mãe biológica.

A cessão temporária de útero é uma das possibilidades que só existem graças à FIV. Toque neste link e leia mais sobre esta técnica de alta complexidade.

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