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Infertilidade e ISTs: veja a relação

Infertilidade e ISTs: veja a relação

O termo infecção sexualmente transmissível (IST) é atualmente utilizado em referência a uma condição transmitida pelo contato sexual. Mais conhecido como DST ou doenças sexualmente transmissíveis, a substituição da terminologia surgiu com o propósito de destacar a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção mesmo sem apresentar sinais e sintomas.

Ou seja, embora essas infecções possam manifestar sintomas como corrimento anormal, verrugas, bolhas, feridas ou dor abdominal, por exemplo, em boa parte dos casos são assintomáticas.

A ausência de sintomas e a prática sexual sem o uso de preservativos tornaram as ISTs um problema de saúde pública mundial. Segundo a Organização mundial de Saúde (OMS), mais de um milhão de infecções sexualmente transmissíveis são adquiridas diariamente em todo mundo.

O principal grupo de risco é o de jovens em idade reprodutiva, com alta taxa de prevalência: é exatamente nessa faixa etária que as ISTs podem provocar infertilidade, em mulheres e homens. Continue a leitura e saiba mais!

Quais ISTs podem resultar em infertilidade?

Clamídia, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e gonorreia, pela Neisseria gonorrhoeae, são as ISTs mais frequentemente registradas, assim como as que mais proporcionam riscos para a fertilidade. Além disso, geralmente ocorrem em associação.

Clamídia é a infecção sexualmente transmissível de maior incidência no mundo e é mais prevalente entre as mulheres jovens do que entre os homens, embora possa afetar pessoas de qualquer idade.

Apesar de ser assintomática na maioria dos casos, pode manifestar sintomas em homens e mulheres aproximadamente duas semanas após a infecção. Nas mulheres os mais comuns são sangramento entre períodos menstruais, corrimento vaginal com odor forte, dor abdominal e durante o sexo, micção urgente com sensação de queimação, inchaço na vagina ou ao redor do ânus e febre baixa.

Já os sintomas masculinos mais comuns são secreção peniana aquosa e leitosa, inchaço e sensibilidade dos testículos, dor e queimação ao urinar, irritação no ânus e sangramento retal.

A gonorreia, por outro lado, ao mesmo tempo que afeta os órgãos genitais, pode afetar ainda a uretra, o colo do útero, o reto, a garganta ou os olhos.

Assim como a clamídia, a gonorreia é geralmente assintomática. Quando manifesta sintomas é comum nas mulheres corrimento aumentado com odor forte, dor ao urinar, sangramento entre os períodos menstruais e após o sexo, dor após o sexo ou nas regiões abdominal e pélvica.

Secreção semelhante ao pus, dor ou inchaço em um testículo e ao urinar, são os sintomas que podem manifestar nos homens infectados.

Ambas são importantes causas evitáveis ​​da doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade. Quando não adequadamente tratadas, cerca de 10% a 15% das mulheres portadoras desenvolverão DIP, que pode causar danos permanentes às tubas uterinas, útero e tecidos circundantes, resultando em infertilidade.

Os principais órgãos de saúde mundiais recomendam a triagem anual de clamídia e gonorreia para todas as mulheres sexualmente ativas com menos de 25 anos, bem como as mais velhas com fatores de risco. Porém, o rastreamento ainda não é rotina em muitos contextos clínicos.

O risco de infecções sexualmente transmissíveis, entretanto, não está apenas na infertilidade. Algumas, como o HPV, por exemplo, se não for adequadamente tratado pode evoluir para um câncer.

Conhecido popularmente como crista de galo é causado pelo papilomavírus humano (HPV) e provoca verrugas anogenitais. Além de ser transmitido pela relação sexual desprotegida, o contágio pode ocorrer pelo contato manual-genital.

Entretanto, o Papanicolaou, exame ginecológico de rotina, detecta alterações precoces. Por isso, é importante consultar um especialista anualmente, assim como o uso de preservativos é a única forma de evitar a transmissão de ISTs.

Clamídia e gonorreia também podem provocar a infertilidade masculina: as infecções tendem a danificar estruturas como os epidídimos, ductos em que os espermatozoides ficam abrigados até ganharem maior motilidade e a uretra, enquanto as infecções virais podem afetar a produção e qualidade dos espermatozoides.

Como as ISTs que causam infertilidade são tratadas?

Para confirmar a IST e definir o tratamento mais adequado para cada paciente são realizados diversos testes laboratoriais. Quando são causadas por bactérias, como clamídia e gonorreia, a análise das secreções ou exames de urina permitem identificar os patógenos.

No entanto, se houver suspeita de DIP, o médico também poderá solicitar a ultrassonografia transvaginal.

A infecção por HPV, por outro lado, é confirmada pelo exame Papanicolaou de rotina. Exames de colposcopia e a biópsia cervical podem ainda ser realizados diante de resultados anormais.

O tratamento de infecções sexualmente transmissíveis causadas por bactérias é bastante simples, realizado por antibióticos prescritos de acordo com o tipo de bactéria, em dose única, ciclos longos ou curtos.

Normalmente é indicado um tratamento simultâneo para as duas infecções, uma vez que geralmente elas ocorrem em associação. O parceiro ou a parceira também deverá ser investigado e tratado para evitar a reinfecção.

Além disso o rastreio deverá ser realizado novamente três meses após o término do tratamento. Caso a bactéria ainda permaneça, deverá ser repetido.

Mulheres que estão tentando engravidar na maioria das vezes conseguem obter sucesso após a cura da infecção. Porém, quando é tardiamente diagnosticada e resulta no desenvolvimento da doença inflamatória pélvica causando maiores danos, é indicado o tratamento por técnicas de reprodução assistida.

ISTs e técnicas de reprodução assistida

Nos casos em que a IST causou danos às tubas uterinas, o tratamento por fertilização in vitro (FIV) aumenta bastante as chances de gravidez e prevê a fecundação em laboratório com posterior transferência do embrião para o útero, ou seja, as tubas uterinas não possuem nenhuma função.

Atualmente o método mais adotado pelas clínicas de reprodução assistida do mundo todo é FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), em que cada espermatozoide é novamente avaliado por um microscópio potente e posteriormente injetado diretamente no citoplasma do óvulo por um aparelho bastante preciso chamado micromanipulador de gametas.

A FIV foi desenvolvida nos anos 1970 exatamente com o propósito de possibilitar a gravidez de mulheres com problemas tubários. A ICSI foi introduzida ao tratamento nos anos 1990, proporcionando a gravidez de homens com problemas de fertilidade causados por fatores mais graves, uma das indicações quando há danos causados por ISTs.

Atualmente reúne um conjunto de procedimentos que a tornaram a principal técnica de reprodução assistida para o tratamento de infertilidade feminina e masculina de maior gravidade.

Para saber mais sobre a infertilidade feminina, toque aqui e leia o nosso texto completo sobre o assunto.

 

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